Esta é uma pergunta que frequentemente ouço de amigos e por
isso, escrevo aqui um breve relato sobre a indagação.
Na Itália e na Espanha os termos são regulamentados por lei
e para uma vinícola estampar os termos no rótulo precisa
se enquadrar nas normas. No Piemonte (Itália) para um vinho levar no rótulo a
palavra “riserva” é preciso que ele fique no mínimo 36 meses em barrica de
carvalho e mais 2 anos em garrafa, antes de ir ao mercado. Na Toscana (também na Itália), os
Chianti e os Brunello de Montalcino precisam passar 27 meses envelhecendo para
levar o termo “riserva”.
Na Espanha os vinhos “crianza” precisam de no mínimo um ano
de barrica e um ano de garrafa, já os “reserva” tintos precisam de 2 anos em
barrica e um ano em garrafa, os “reserva” brancos e rosados precisam de no
mínimo 2 anos de envelhecimento, sendo no mínimo 6 meses de barrica. E os “Gran
Reserva” precisam de 5 anos de envelhecimento, sendo no mínimo 24 meses de
barrica de carvalho. Ou seja, está devidamente regulamentado o uso dos termos.
Na América Latina não
existe uma legislação que regulamente o uso dos termos Reserva e Reservado e,
muitas vezes ela só serve para confundir o consumidor. Em alguns casos, os
termos são utilizados nos vinhos mais correntes, vinhos simples.
No Brasil, há um consenso entre as vinícolas e os termos
Reserva e Gran Reserva são sempre utilizados para produtos de qualidade
superior, elaborados com as melhores uvas e que envelhecem algum tempo em
barricas de carvalho.